quinta-feira, 26 de maio de 2011

O agora constante


Quero dizer que eu tenho alguns maus hábitos. Você não vai me dizer isso – e não é porque você não quer. Mas eu tenho maus hábitos; por exemplo, comer carne... E se você não acha isso ponderável: almoce 2 ou 3 dias no vegetariano do nosso RU. E aproveita pra ouvir o que aquela galera anda conversando.
Mas eu lido numa boa com isso. Todas as pessoas têm hábitos. Eles são pertinentes à cada cultura. Se eu estivesse agora escrevendo eu diria que este hábito é filho e pai da cultura... e aí teria que procurar uma referência... porque algum autor interessante provavelmente já disse isso.
Sendo o habito fruto da cultura e esta de um movimento perene, este eu/nós, como bom filho que não pode negar sua genitora, aceita tranqüilo sua condição.
Mas aí vejo se instalar um conflito: eu vivo uma condição ou um condicionamento?
Cada um só pode viver dentro de sua condição de ser, permanentemente se fazendo no eterno agora.
Não defendo nenhum estado estático, pelo simples fato dele ser contra a nossa natureza evolutiva. Sou contra o julgamento de qualquer pessoa, se esse julgamento é feito a partir da nossa restrita clareza que nossos cinco sentidos nos dão da realidade das coisas.
Assim como eu, cada um tem maus hábitos e é de nós que a sociedade é feita, digo nossa sociedade humana. Não é difícil ver que a sociedade tem maus hábitos e eu quero dizer que ela é também conseqüência – pra não dizer culpa – da educação de que tem-se disposto e dispõe.
Neste sentido, eu estou chamando a Faculdade de Educação (FE/UnB) à sua responsabilidade. Sua responsabilidade sobre mim e outros que se multiplicam até formar o que somos. Eu estou chamando esta casa a sua importância, ao seu papel de responsabilidade enquanto instituição conseqüente.
Esta é uma casa que tem como compromisso o desenvolvimento evolutivo da humanidade que é composta por cada um e uma de nós.


Estudante de pedagogia,
Eterno agora

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